Você reconhece os ingredientes ou apenas aceita o sabor?

Segundo a legislação brasileira (Decreto nº 6.871/2009), as bebidas classificadas como suco, néctar e refresco possuem definições específicas que determinam sua composição e rotulagem. O suco é a bebida não fermentada obtida diretamente da fruta madura ou de partes comestíveis do vegetal, sem diluição. Ele pode ser integral, concentrado, desidratado ou reconstituído, mas não pode conter corantes nem aromatizantes artificiais. Quando há adição de açúcar, o limite é de até 10%, e nesse caso o produto deve ser rotulado como “suco adoçado”. O termo “integral” é reservado para sucos sem adição de açúcar e que mantêm a concentração natural da fruta.

O néctar, por sua vez, é uma bebida não fermentada obtida pela diluição da parte comestível da fruta ou vegetal em água potável, podendo conter açúcar, corantes e aromatizantes permitidos por lei. Embora ainda preserve parte das características sensoriais da fruta, o néctar é mais diluído que o suco e apresenta maior grau de processamento. Pode também ser gaseificado ou misto, quando combina diferentes frutas ou vegetais.

Já o refresco é a bebida mais diluída entre as três categorias. Ele é produzido pela diluição de suco, polpa ou extrato vegetal em água potável, com ou sem adição de açúcar, e pode conter aditivos permitidos. O teor mínimo de fruta varia conforme o tipo: refrescos de laranja, uva e tangerina devem conter pelo menos 30% de suco; os de limão, no mínimo 5%; maracujá, 6%; e maçã, 20%. Por ser altamente diluído e permissivo quanto ao uso de aditivos, o refresco é a opção com menor densidade nutricional.

Essas classificações ajudam o consumidor a entender o grau de processamento das bebidas e a fazer escolhas mais conscientes, especialmente quando se busca maior saudabilidade e transparência na alimentação.